segunda-feira, dezembro 29, 2008

I still don´t remember


Já faz dois anos que aquela inocente brincadeira de amigo invisível se transformou naquele rolopsicoparanóico. Ninguém sabe direito o que aconteceu, mas todos que estavam lá viram que alguma coisa não estava certa. Aquelas histórias que ninguém sabe ao certo como surgiram. Com certeza não foi divertido Outros sabem que aquele dia não foi nada doce. Assim aconteceu, nos primeiros pedaços foram açucarados. O vento batia no nosso rosto. Riamos enquanto comíamos salgadinhos com refrigerante. As pessoas pareciam feitas de plásticos. Mas nesse dia o que aconteceu foi inicio de um ciclo de brigas, que culminariam na nossa separação. Todos disseram que entenderam, mas ninguém entendeu, na verdade. Eu queria pedir desculpas pelo que não lembro que fiz, mas sinto que fica complicado se arrepender do que não nos lembramos. Também não é digno de uma pessoa dizer que deve ser livre de toda a culpa por não lembrar do que fez. Ainda tenho a camisa que ganhei naquele dia, e muitas vezes já olhei pra ela e perguntei o que eu fiz pra mim mesmo. Por onde eu estive e porque aquelas poucas horas de escuridão me fazem sentir que eu não quero estar lá novamente. Eu não quero ficar me culpando porque eu acredito muito no perdão, mas o que vale mesmo é você saber que o passado serve para duas coisas: para lhe dar segurança nas suas ações do presente e para não repetir os mesmos erros. Eu espero que um dia e em algum lugar a gente possa se encontrar, conversar e se entender novamente porque você é uma das poucas pessoas que eu posso dizer que gosto de verdade. Eu continuo aqui. Aquela camisa escrito “Bem vindo ao paraíso” foi doada para um amigo nesse dia de natal. Eu me senti muito feliz, mas olho para aqueles cães e gatos que continuam observar. Eles fumam o mesmo cigarro sonhando com aquelas pessoas que amaram. Mas não é bom que se viva do passado. Então sonhe, minha querida, com aquelas pessoas que você ama, porque elas irão encher o seu mundo de amor e daí você poderá encarar seus dias com mais razão pra viver.

Um comentário:

Mayara La-Rocque. disse...

Eu também não compreendi muito bem aquela noite de natal. Ou talvez tenha compreendido o bastante para não aceitar. Eram todos feitos de plástico, como você disse. E a gente nunca sabe ao certo o que pode se esconder por de trás de um plástico. E enfim algo se quebrou. E ninguém pode se culpar por isso. O que me faz levar adiante é que saber que há sempre alguém lhe convidando para entrar no Paraíso, e lhe dando as boas vindas. :)
Um ano de Luz à você, PauloZab!